domingo, 22 de novembro de 2009
Qual a importância da qualificação e avaliação de fornecedores?
Esta é uma pergunta com muitas respostas... Bem, na minha opnião o ponto fulcral será sempre em estabelecer um relacionamento de confiança com os nossos forecedores e com isso garantir a qualidade dos produtos por eles fornecidos. Acrescento ainda, a importância que a avaliação poderá ter na melhoria continua dos processos dos nossos fornecedores. Dá-nos ainda a garantia de que as matérias-primas que compramos provém de uma empresa segura e que assumirá quaisquer falhas que possam surgir no decorrer do tempo. Matéria-prima de qualidade e de confiabilidade, traduz-se em um bom produto final para os nossos clientes, garantindo assim a satisfação dos requisitos e a fidelização de clientes antigos e angariaçao de novos.
Só vejo benefícios nesta prática e não é necessário ser certificado por uma ISO para ter em conta a importancia da qualificação e avaliação de fornecedores.
Qualisistem - Sistemas de Gestão e Haccp/Segurança Alimentar
qualisistem@gmail.com
Michelle Lima
Técnica da Qualidade
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terça-feira, 17 de novembro de 2009
Formação
Obrigada pela compreensão
Michelle Lima
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quarta-feira, 4 de novembro de 2009
FORMAÇÃO HACCP
O que é o HACCP?
É um sistema preventivo de controlo da segurança alimentar; Identifica os perigos específicos e as medidas preventivas para o seu controlo em todas as etapas de produção; Baseia-se numa abordagem sistemática, documentada e verificável.
Resulta da aplicação do bom senso a princípios técnicos e científicos através de uma reflexão sobre diversas questões, como:
-
O que é o meu produto?
-
Que perigos estão associados ao meu processo?
-
Em que etapas do processo podem ocorrer?
-
Qual a probabilidade destes perigos constituírem um risco para os consumidores?
-
Como devo prevenir ou controlar esses perigos por forma a garantir a segurança dos consumidores?
A sigla HACCP é a abreviatura de:
Inglês | Português |
Hazard | Análise |
Analysis | Perigos |
Critical | Controlo |
Control | Pontos |
Point | Críticos |
Origens do Sistema HACCP
Desenvolvido nos anos 60 pela empresa Pillsbury Corporation (EUA),em colaboração com os laboratórios do Exército dos Estados Unidos e a pedido da NASA com o objectivo de produzir alimentos seguros para o programa espacial dos Estados Unidos da América do Norte.
Esta metodologia é recomendada para empresas do sector alimentar por organizações como a organização Mundial de Saúde (OMS), a Comissão Internacional de Especificações Microbiológicas dos Alimentos (ICMSF) e a Organização das Nações Unidas para a Agricultura (FAO);
Perigos
Microbiológicos :
-
Bactérias
-
Toxinas
-
Toxina estafilocócica;
-
Micotoxinas
-
Vírus
-
Hepatite A
Físicos:
-
Vidro
-
Metal
-
Plástico
-
Tinta
-
Estuque
-
Jóias
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Cabelos, pêlos
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Ossos, Espinhas
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Pele
-
Caroços
-
Sementes
Químicos:
-
Antibióticos
-
Resíduos de pesticidas
-
Agentes de limpeza e desinfecção
-
Metais pesados
-
Óleos, Lubrificantes.
Onde se aplica o sistema de HACCP?
Os sistemas de HACCP podem ser implementados em todas as fases relacionadas com a produção de alimentos, desde a produção primária até ao fornecimento directo de alimentos ao consumidor, ou seja, toda a cadeia alimentar desde o produtor agrícola até ao restaurante. Estão também incluídas no âmbito do HACCP todas as actividades que forneçam produtos/ materiais para alguma fase da cadeia alimentar, como por exemplo, transportadores ou fabricantes de recipientes/ contentores para alimentos.
O sistema de HACCP é obrigatório?
O Regulamento (CE) 852/2004 de 29 Abril, de aplicação directa em todos os Estados Membros, prevê que, a partir de Janeiro de 2006, todos as actividades relacionadas com o ramo alimentar implementem um Sistema de Segurança Alimentar, com excepção das actividades de produção primária. Este regulamento prevê que no Sistema de Segurança Alimentar a implementar sejam aplicados os princípios do HACCP.
Pré-Requisitos do Sistema HACCP
Não é possível implementar um sistema HACCP eficaz numa empresa sem que tenham sido assegurados alguns pré-requisitos:
Formação: O sucesso da implementação do sistema HACCP depende da formação e treino ministrados a todos os intervenientes. Essa formação e treino deve ser contínua e adaptada às funções desempenhadas na empresa. A formação em higiene e segurança alimentar deve ser ministrada a todos os colaboradores a um nível apropriado às operações que executam.
Controlo de pragas: Deve efectuar-se o controlo dos insectos e roedores : onde se manipula, confecciona, conserva, armazena, expõem, comercializa ALIMENTOS. Os insectos e roedores são portadores de microrganismos patogénicos e podem contaminar os alimentos.
Procedimentos de higiene: Devem ser adoptados os procedimentos mais correctos na manipulação dos alimentos, para que a sua segurança não sofra alterações. Devem ser elaborados e adoptados Procedimentos de Higiene específicos para cada empresa. Devem ser distribuídos e explicados a todos os colaboradores.
Plano limpeza e desinfecção: Deve ser elaborado e posto em prática um Plano de Limpeza e Desinfecção que contemple:
-
Todos os produtos;
-
Procedimentos;
-
Periodicidade;
-
Devem ser adoptados para cada uma das zonas e equipamentos a higienizar.
Controlo da potabilidade da água; Tendo em conta que a água é utilizada para a Preparação dos alimentos, a lavagem de utensílios e equipamentos que vão estar em contacto com eles. Se a água não for potável, estamos a contaminar os alimentos que produzimos. É necessário garantir a potabilidade da água, efectuando um controlo.
Saúde do manipulador: Interessa considerar a saúde dos manipuladores. Existem doenças que podem provocar contaminação nos alimentos e dar origem a toxinfecções alimentares. As pessoas que trabalham com alimentos não podem sofrer de qualquer doença infecto-contagiosa.
Ex.: tuberculose ou a hepatite.
-
Todas as pessoas que contactam com os alimentos devem:
-
Efectuar um exame médico completo no início da sua actividade profissional;
-
Repeti-lo periodicamente e sempre que existam razões que justifiquem a realização de novos exames;
-
Comunicar ao seu responsável sempre que sofra de doenças ou sintomas, tais como:
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Dores abdominais, diarreia, febre, náuseas e vómitos;
-
Anginas, tosse ou corrimento nasal;
-
Processos inflamatórios da boca, olhos e ouvidos;
-
Lesões da pele como erupções, furúnculos e feridas infectadas.
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Michelle Lima
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terça-feira, 3 de novembro de 2009
domingo, 1 de novembro de 2009
Comprometimento da Gestão de Topo
O verdadeiro significado de “comprometimento da Gestão de Topo”
Qualquer projecto que necessite de mudanças significativas na cultura de uma empresa, por exemplo, a implementação de um sistema de gestão da qualidade ou um processo de melhoria de software, requer o comprometimento da Gestão de topo para ser bem sucedido. Mas, o que significa comprometimento da Gestão de Topo?
Antes de mais nada, Gestão de Topo pode ser definida segundo Mello et al. (1) como “[...] formada pelo principal executivo da empresa e por sua directoria, e o principal executivo da empresa é aquele que tem autonomia para disponibilizar recursos”. E comprometimento, o que significa? A palavra comprometer possui vários acepções de acordo com Houaiss (2), e um dos possíveis significados aqui seria “obrigar-se por compromisso“. Outro significado possível é “tomar parte ou envolver-se em“. Portanto, entendo que comprometimento da gestão de topo nada mais é do que o compromisso, o envolvimento da directoria em alguma coisa.
Nos projectos que requerem mudança de cultura organizacional, tenho notado que o comprometimento da gestão de topo vem sendo interpretado de uma forma bastante restrita. Normalmente, está relacionado apenas à disponibilização de recursos, sejam eles de ordem financeira, humana e/ou material. Na prática tenho percebido, contudo, que esse comprometimento precisa ser muito, muito mais do que isso. Por essa razão, proponho que a expressão comprometimento da gestão de topo seja compreendida como o engajamento total da gestão de topo na realização de algum projecto, no qual o seu amplo envolvimento é parte imprescindível para que ele seja bem sucedido.
Mas, como deve ser interpretado então esse amplo envolvimento? Para isso, proponho as seguintes directrizes:
- Conhecer o projecto detalhadamente: quanto mais a directoria conhecer o projecto, suas necessidades, dificuldades, premissas e restrições, mais fácil será ela perceber onde deverá actuar para que o resultado final pretendido seja efectivamente alcançado.
- Acompanhar o projecto sistematicamente: a direcção deve acompanhar frequentemente a evolução do projecto, realizando reuniões de acompanhamento e analisando-o criticamente junto com o coordenador da equipe, com relatórios que informem e registem de forma resumida a evolução e as análises críticas.
- Ouvir, ouvir e ouvir: este é um ponto fundamental e imprescindível, mas dificilmente executado. A directoria muitas vezes possui um quotidiano muito atribulado e acaba não tendo paciência e dedicando tempo para escutar detidamente o que a equipe de implementação tem a dizer, ou o que os colaboradores estão percebendo e sentindo em relação às mudanças. Entretanto, a não observância deste item costuma resultar em fracasso na implementação do projecto.
- Compreender plenamente os problemas antes de agir: a direcção deve envolver-se de tal forma que sua participação lhe permita ter uma compreensão clara dos problemas e/ou dificuldades que os colaboradores estejam enfrentando. Ela deve perguntar quantas vezes for necessário, a quem quer que seja, para que sejam clarificadas todas as suas dúvidas. A tomada de decisão para a resolução de problemas deve ser baseada em critérios claros e objectivos, não devendo ser realizada de modo intempestivo ou abrupto.
- Agir sempre que accionado: em projectos que requerem mudança de cultura organizacional, existem “momentos certos” de actuação. Se a directoria realmente estiver engajada no projecto, facilmente perceberá o momento certo e actuará antes que lhe seja solicitada a sua acção. Porém, se a equipe de implementação de alguma forma cobrar um posicionamento ou uma decisão da gestão de topo, é fundamental que ela actue rapidamente e no mesmo momento em que é accionada.
- Confiar na equipe de implementação: elemento fundamental de sucesso do projecto. Se a gestão de topo não confiar na equipe de implementação, comprometerá seriamente o projecto, seja pela consequente desmotivação da equipe, seja pela percepção dos outros colaboradores de que o projecto não vai bem.
- Usar a autoridade com sabedoria e quando demandada: é extremamente comum em projectos que requerem mudança de cultura organizacional haver resistência à mudança. A equipe de implementação são “os olhos e os ouvidos” da alta direcção em relação ao projecto. Quando a equipe perceber os sintomas típicos da resistência, ela deverá accionar a gestão de topo para que exerça a sua autoridade. É fundamental nesses momentos que a directoria “mostre a sua cara“, que deixe claro que é ela quem deseja a mudança, que é necessária, que ocorrerá conforme planeado e que conta com o apoio de todos, incondicionalmente. Deverá, sobretudo, esclarecer que se isso não acontecer, o projecto não será bem sucedido e que isso comprometerá fortemente os resultados da organização.
Eu não disse no início, propositadamente, que um outro significado de comprometer é “causar dano a”. Deixei-o para o final porque queria concluir este artigo justamente deixando um lembrete para a alta direcção. É que ela pode realmente comprometer o projecto, ou seja, causar-lhe dano real, se ela não se engajar e se envolver totalmente na sua realização.
Referências Bibliográficas:
(1) MELLO, Carlos Henrique Pereira et al. ISO 9001:2000 – Sistema de Gestão da Qualidade para Operações de Produção e Serviços. São Paulo: Atlas, 2002. 224p.
(2) HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Disponível em: <http://houaiss.uol.com.br/>. Acesso em: 25 out. 2009
sábado, 31 de outubro de 2009
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terça-feira, 6 de outubro de 2009
GUNG HO!
GUNG HO!
Gung Ho é a expressão chinesa para “trabalhar juntos”. No livro de Ken Blanchard e Sheldon Bowles, com o mesmo título, há uma gestora que é convidada para dirigir uma fábrica nos EUA. A gestora percebe que acaba por receber um presente envenenado – a fábrica que vai dirigir está condenada a desaparecer, a menos que possa começar a dar lucro rapidamente. A gestora, no exacto momento em que, desanimada, olha para a sua fábrica no topo de uma colina de uma cidade onde é estranha, encontra um Coach. Este Coach é, simultaneamente, índio, e tem um MBA e gere o único departamento lucrativo da fábrica.O departamento de Acabamentos. Ao longo do livro, que se lê como uma fábula, o índio acompanha por três vezes a gestora à floresta e deixa-a observar o comportamento de três animais – o esquilo, o castor e o ganso – por esta ordem. A gestora reflecte sobre o que aprendeu da observação destes animais e procura implementar um sistema na fábrica que dirige, e que lhe permite, lenta e faseadamente, tornar a sua fábrica “Gung Ho”. Muitas coisas acontecem pelo caminho, nem sempre o Coach cumpre as regras devidas à profissão, de uma certa neutralidade, mas no fim o resultado é muito positivo. Aliás, é inesperada e maravilhosamente positivo.
Obrigada a Sandra e a Carla por me fazerem chegar a esta informação preciosa. Espero que possamos, juntas, ser uma equipa GUNG HO!
GUNG HO AMIGAS!
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